10 de novembro de 2011

'Eu quero ser vista como uma adulta', diz Sandy

Cantora conta que frase polêmica dita à revista 'Playboy' (publicada fora de contexto, alega) ajudou o público a vê-la como mulher de verdade.




Um dos atuais objetivos da cantora Sandy é ser vista como adulta. Seu público, diz, não quer que ela cresça. Só que a ex-parceira musical do irmão Junior amadureceu e tratou de deixar claro essa postura em seus novos CD e DVD, previstos para chegar às lojas em 24 de novembro. A sonoridade e presença de palco evidenciadas no trabalho mostram a consolidação de uma espécie de Sandy proibida para menores.

Há algo, porém, que permanece intocado na postura da filha do sertanejo Xororó: a passividade diante de ataques contra seu bom mocismo. “Eu nunca pedi retratação, prefiro me calar e esperar passar. Cada um reage de um jeito, não posso julgar a atitude de Wanessa”, disse Sandy, sobre a reação da colega à péssima "piada" de Rafinha Bastos (o que mais esperar dele?), durante coletiva de imprensa para lançamento do CD e de DVD Manuscrito, nesta quarta, em São Paulo.

Em julho, Sandy virou um dos assuntos mais comentados do Twitter depois da divulgação de uma frase dita em entrevista à revista Playboy em que afirmou ser possíver ter prazer no sexo anal e jurou ser boa em fazer strip-tease. Ela alega que o trecho foi tirado de contexto. Mesmo assim, optou por manter a discrição. Com seu jeito cortês, até enxergou um lado positivo em falação: “Funcionou para dar um chacoalhão nas pessoas. Elas perceberem que eu cresci”.


Você tem tratado o primeiro trabalho solo como sua grande estreia como mulher adulta. Quando você percebeu que era hora de abandonar aquela imagem da menina Sandy? Esse caminho foi natural. Já faz tempo que eu sou adulta, pelo menos oito anos. Eu já percebi isso faz tempo, mas uma parte do público começa a se dar conta disso só recentemente. Esse trabalho veio para concretizar isso.

O fato de você se ver de um jeito e o público de outro te incomodou? Eu quero ser vista como a mulher que eu sou. Estou numa fase mais madura da vida e isso se reflete no meu trabalho.

Você disse que deseja mostrar quem realmente é por meio do lançamento de seu primeiro CD solo. Tudo o que você viveu até agora, artisticamente falando, não era você? Não, apenas refletiu quem eu era naquele momento. Era apenas metade do que eu sou na verdade. Por fazer parte de uma dupla, todas as decisões e opiniões eram divididas. Era algo verdadeiro, mas não 100%. Sempre faltou uma parte que só agora consigo colocar para fora. Posso mostrar um lado intimista, melancólico, já que, naquela época, tinha sempre uma preocupação com o público e com a gravadora. Não podia deixar de ser pop. Eu devia essa satisfação a todos. Mesmo assim, pouco antes do fim da dupla, eu e meu irmão passamos a seguir mais nossos princípios e apresentar um trabalho diferente. Por isso, não tenho nenhuma expectativa em relação a esse disco, em termos comerciais. Quero atrair pessoas que realmente se identifiquem com quem eu sou. Me senti muito livre ao fazer esse disco, não tive a pressão da gravadora e nem compromisso com o sucesso.

Episódios como sua entrevista para a revista Playboy te assustam? As pessoas andam falando muito de mim. Tem muito boato, muita especulação em torno da minha vida. Às vezes dá um sustinho, às vezes incomoda. No caso da Playboy, foi algo que não tinha motivo para ser. A frase foi tirada do contexto, interpretada de forma errada. Eu me senti um pouquinho injustiçada. Dá aquela chacoalhada e me fez pensar: eu fico quieta? Eu tento levar as coisas no maior bom humor possível e espero que passe. E realmente passa. Eu não quero forçar uma barra para as pessoas verem que eu cresci. Tomei a decisão de ser eu mesma. Se alguém quiser me enxergar como a pessoa adulta que eu sou, me enxergue, e se não quiser, tudo bem também. Olha as minhas rugas de preocupação (e mostra a palma da mão).

Você sente que, aos olhos do público, parece existir algo escondido dentro de você que precisa ser revelado?  
É e fica parecendo que é estratégia de divulgação. Não é nada disso. Se eu pudesse teria dito a frase de uma maneira que não desse margem a esse tipo de interpretação ou teria pedido ao editor: “Não faz essa sacanagem comigo”. Se eu tivesse opção isso não teria acontecido, mas funcionou para dar um chacoalhão nas pessoas e elas perceberem que eu cresci.

Você acha que teve efeito? Acho que teve sim. Se existe algum saldo positivo nessa história é esse, as pessoas finalmente perceberam que não sou mais criancinha.

Também se calaria numa situação como a vivida recentemente pela cantora Wanessa? Cada um reage da maneira que achar melhor, ainda mais uma mulher grávida. Não posso me colocar no lugar dela. Eu já passei por coisas parecidas e sempre procuro tentar levar no bom humor e deixar a coisa passar. Mas não culpo nem condeno quem decide tomar uma atitude para pedir retratação. O meu estilo é me calar.

Fonte: Portal Veja


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