Com cinco músicas, o segundo disco de Sandy, lançado na terça-feira (30), apresenta a cantora em versão mais “brincalhona”. Ela agora diz que tem tranquilidade para analisar com humor as agruras da vida e a passagem do tempo. “Estou leve, tranquila. Isso se traduz em forma de música”, conta ao G1 .
Perto de completar três décadas – ela faz aniversário em
janeiro – , Sandy escreveu “Aquela dos 30”, primeira canção do EP
"Princípios, fins e meios", divulgada no YouTube antes do lançamento
oficial, e música em que ela substitui a habitual melancolia pelo humor. Nos
créditos do novo álbum, destaca-se Lucas Lima, produtor e músico da Família
Lima com o qual Sandy está casada desde setembro de 2008.
A velhice antecipada não é novidade entre novas cantoras
brasileiras. Antes de completar 20 primaveras, Mallu Magalhães já se definiu
como "velha e louca". Agora, Sandy se diz "jovem pra ser velha,
e velha pra ser jovem". Na letra, compara as responsabilidades da vida
adulta com os desejos e sonhos remanescentes. "A gente viu as mudanças [do
mundo] de uma maneira muito rápida, tudo que está em volta evoluiu de uma
maneira incrível, e isso gera uma nostalgia precoce. Por isso que a gente lida
com o mundo de uma maneira saudosista", explica Sandy.
Em uma das metáforas, ela cita a banda Bon Jovi – “Dou valor
ao que alma sente, mas já curti Bon Jovi”. A referência, segundo ela, não foi
usada de forma depreciativa. “Não acho que o Bon Jovi seja fútil ou
vazio", garante.
Segundo ela, foi só "uma marca do que estava
acontecendo quando era bem mais nova, criança". "Ele foi um grande
sucesso na década de 80 e 90. Não foi nada pejorativo, é só uma referência que
eu fiz àquele tempo. Uma referência brincalhona. Eu não me identifico com o som
dele atual, mas respeito. Acho que ele faz o trabalho dele honestamente.”
Outras contradições - “tenho sonhos adolescentes, mas as
costas doem” – são, novamente, artificios de linguagem. Sandy não está com
nenhum problema na coluna. “É logico que é uma maneira de dizer que estou
ficando mais velha, dos paradoxos da vida", explica.
Sandy conta que tem sonhos adolescentes e se sente muito
jovem ainda. "Mas as costas doem, ou seja, preciso lidar com coisas mais
maduras", contextualiza. "Eu não sei sobre o que eu estarei falando
quando eu estiver com 50 anos, mas pretendo continuar me ouvindo, olhando para
dentro para fazer música. E com certeza vou falar de sentimentos legítimos,
daquilo que eu penso e acredito."
Fonte: G1
Twitter @SandyLeahBlog
Facebook http://on.fb.me/rYPqx7
Nenhum comentário:
Postar um comentário